O barulho da chuva...
É o cântico das nuvens...São as lágrimas dos anjos...
Águas que caem sobre a terra sedenta
Os pés descalços driblavam as enxurradas
As risadas molhadas saltitavam como pingos de chuva nas folhas da mangueira
As vozes brincavam e se multiplicavam entre os vãos da pedreira milenar,
trazendo as lembranças do meu tempo de criança como uma linha bordadeira que parece encolher na medida em que desenha no tecido da minha memória
Brincávamos de contar cada “chuá”
E corríamos rumo às pequenas rochas do terreno gramado
As rochas pareciam corcundas que a terra não conseguiu esconder,
Assim como as costas da senhora Badia que andava encurvada com um rosário na mão
Ela dizia que cada “Ave Maria” tinha o nosso nome porque só os anjos poderiam proteger a perigosa combinação: de pés descalços, dias chuvosos e pedra sabão.
Tinha chinelos... Vários pares até!
Gostava daqueles dias chuvosos
Com os pés descalços não havia distinção
Criança era só criança.
A brincadeira encerrava
Com o corpo e com a alma lavada
Voltávamos para a casa, mas a nossa alegria leve e levada
permanecia e caminhava - com os pés descalços - em passeios pela eternidade.
Danielle de Faria.
Danielle, é lindo o seu poema!
ResponderExcluirParabéns! Beijos!
@soniasalim
Gostoso de ler, lindo poema!!
ResponderExcluirBeijos
@elianabess
Que lindo! É o verdadeiro sabor da infância...
ResponderExcluirBeijos!
@ZezeFontes
Lindo!!!! fico imaginando um texto assim, num romance com lições de vida e de esperança... ainda vou ver seu livro publicado!!! Parabéns!!! Bjs mil!
ResponderExcluirPra variar MUUUUUUITO BOM! Increvel e inebriante! Obrigado por compartilhar esse momento conosco!
ResponderExcluirAo poeta cabe o ofício de verbalizar as entrelinhas da alma. (Pe. Fábio de Melo)
ResponderExcluirSimplesmente lindo o texto.....