Eu, Danielle e meu irmão Luiz Alberto, o Bebeto. |
_ "Precisa de rimas?" - Perguntei enquanto escrevia a letra.
_ "Não necessariamente". - Respondeu brevemente.
Testava alguns arranjos e tentava me explicar o compasso. Como ele mesmo sugeriu: - "Tente sentir o encontro da letra com a melodia... Assim..." Cantarolava: -“Nã... Nã... Nã... Tãnãnã... Nã...” - Fizeram sentido na hora. Não é difícil sentir o som doce que tintila...
Uma pausa e mais perguntas.
_"Isso são duas notas para uma mesma palavra?" - Indagava escorregando o dedo no papel.
Balançou a cabeça como quem diz: "Cada Pergunta!" e mirou o conjunto de palavras.
Depois ele respondeu: "Deixa-me pensar... Um minuto". - E sorriu para mim.
“Balas perdidas
Almas vazias
Gente caminhando sem direção
Perdendo a letra e a melodia da canção.”
As palavras ganhavam vida ao som do violão.
Quando pensei que a letra era a parte mais fácil, ele perguntou: "E se mudássemos aqui?"
Seus dedos rápidos testavam notas e encaixavam algumas palavras.
Então respondi: "Ritmo gostoso, mas você deu um salto aqui! (risos). Quase criou outra música! Faltou coesão... Que tal assim?" : “Dias quentes... Noites estreladas... Guerras sem espadas... (Sei lá!)”
Nascia uma canção.
Nascia a parceria entre letra e melodia.
Nascia um encontro diferente entre dois irmãos...
Um encontro inédito entre a minha letra e a melodia dele. Bom, não estou certa dessa separação. A criatividade se misturou, ficando impossível precisar limites. Limites pra quê?
Danielle Faria.
Que experiencia linda Voce tem mesmo alma de poeta.
ResponderExcluirRealmente é mto profundo esse envolvimento!!! Fico feliz com a vivência dos dois...
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